No último sábado, dia 16, tendo como
local o Auditório Monsenhor Rubens Gondim Lóssio, anexo à Catedral de
Crato, ocorreu a solenidade de abertura da fase diocesana do Processo de
Beatificação da Serva de Deus, Benigna Cardoso da Silva. Trata-se do primeiro processo de beatificação de uma Serva de Deus, no Estado do Ceará.
A solenidade foi presidida pelo bispo
diocesano de Crato, Dom Fernando Panico e contou com a presença dos
membros do Tribunal que conduzirá o processo de beatificação: Monsenhor
Vitaliano Mattioli (Postulador Geral), Monsenhor João Bosco Cartaxo Esmeraldo (Juiz Delegado), Pe. José Vicente Pinto de Alencar da Silva (Promotor de Justiça) e a senhora Terezinha Fernandes Costa (Atuária Notária). Também participaram da mesa, os membros da Comissão Histórica, professores Armando Lopes Rafael, Raimundo Sandro Cidrão e Ypsilon Rodrigues Felix.
Todos eles fizeram o juramento
prescrito para os que participam de um Processo de Beatificação,
proferindo as palavras com a mão direita sobre os Evangelhos. Na
solenidade foi usada uma Bíblia que pertenceu aos quatro últimos bispos
de Crato: Dom Francisco, Dom Vicente, Dom Newton e Dom Fernando.
Solenidade Prestigiada
O Auditório Monsenhor Rubens Gondim
Lóssio ficou lotado com a presença de sacerdotes, seminaristas, parentes
da Serva de Deus, Benigna Cardoso da Silva, de fiéis e algumas
autoridades, a exemplo da Prefeita de Santana do Cariri, senhora Daniele
Machado; do deputado Sineval Roque; ex-reitor da Urca, Plácido Cidade
Nuvens e da ex-deputada Fabíola Alencar. Uma numerosa comitiva de
Santana do Cariri também estava na solenidade.
Palavra do Bispo de Crato
Dom Fernando Panico discorreu sobre a
importância da Diocese de Crato contar, às vésperas do seu centenário de
criação, com uma jovem mártir, nascida em Santana do Cariri, e que
caminha para a sua beatificação, primeira etapa da canonização. Lembrou o
gesto heroico da menina Benigna que viveu apenas 13 anos e findou sua
existência terrena, ferida mortalmente, vítima de uma tentativa de
violência sexual, à qual resistiu bravamente, para preservar sua
castidade. “Foi uma vida breve, permeada pela amizade com Jesus, vivida
em meio à pobreza, orfandade, trabalhos domésticos, gestos simples e
solidários. Uma verdadeira santidade leiga, na qual realizou fielmente o
projeto e a Palavra do Deus Pai”, disse Dom Fernando.
O bispo de Crato equiparou a coragem da
menina Benigna aos atos de heroicidade de outras mulheres que têm seus
nomes inscritos na história do Cariri, a exemplo de Bárbara de Alencar
primeira mulher a aderir à independência do Brasil, na época da colônia.
Ao fim da cerimônia que foi breve,
simples e emocionou a todos os presentes o coral da Paróquia Senhora
Santana, de Santana do Cariri, entoou o “Hino à Mártir Benigna”, e a
cerimônia foi finalizada com a bênção de Dom Fernando Panico, a todos os
presentes.
(Postado por Armando Rafael)
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